FISCHER - ENSINO RELIGIOSO - O que as religiões explicam sobre a morte - 2º AULA - 15 A 19 DE JUNHO

O que as religiões explicam sobre a morte


Budismo


– Vida e morte são uma unidade, não se separam. Tudo, a cada instante, está nascendo e morrendo e logo não há nascimento a ser desejado nem morte a ser rejeitada. Dentro do quadro imenso do universo, os seres estão em movimento e cada um carrega uma personalidade perecível.
O budismo nega o eu eterno. Os seres morrem e renascem abandonando a ideia do que foram. Buda dizia que o corpo morto é uma carroça quebrada e não se deve arrastar uma carroça quebrada, ou seja, devemos nos desapegar dessa forma. O budismo japonês não nega nem afirma categoricamente esse processo.
A vertente tibetana aceita a volta do espírito em outras vidas. Para os discípulos dessa corrente, depois da morte do corpo físico a consciência cumpre 49 etapas em 49 dias, a fim de se reorganizar.
Depois, há o renascimento em algum nível de realidade, seja humano, animal ou inanimado, determinado pelo carma vivido. Se fatos e circunstâncias influenciaram a vida da pessoa, depois da morte continuam a produzir efeitos e consequências na trajetória dela.

Os budistas criam alegorias para entender o que acontece depois desse plano – cada um terá sua própria experiência. Portanto, cabe aqui uma única recomendação: faça o bem a todos os seres.
Afinal, não há criaturas piores ou melhores. Todos somos interligados, cada espécie com sua função e necessidade no mundo.
Monja Coen, fundadora da Comunidade Zen Budista, em São Paulo.
Candomblé
– O candomblé compreende diversas vertentes. Respondo pelo candomblé contemporâneo, que agrega conceitos de filosofia, psicologia e tradições orientais. Sob tal perspectiva, se o indivíduo leva uma vida imbuída de verdade, o pós-morte será uma extensão de suas ações, portanto, uma passagem confortável, sem julgamentos. 
Tal passagem pode ser facilitada também pela influência dos orixás – entidades que representam o vento, o mar, a mata e assim por diante – e que lhe servem de guias espirituais. Acreditamos no processo evolutivo da reencarnação e na existência de reinos espirituais, para onde se encaminham os mortos, dedicados a cada tradição religiosa.
Essas comunidades interagem, não há fronteiras entre elas. Depois da morte, o tempo é relativo e o espírito pode ser resgatado ou não – tudo dependerá de como usou o livre-arbítrio. Quem realiza esse resgate nas comunidades espirituais são os espíritos de luz, como os velhos, os caboclos, os índios, as pombagiras, que recebem quem chega e também transmitem ensinamentos com vistas à evolução.
Depois de sucessivas reencarnações, o espírito pode optar por servir aos homens encarnados como um ser de luz e não mais retornar à Terra. Ainda assim segue trabalhando pelo próprio aprimoramento.
Babalorixá Kabila Aruanda, de São Paulo.
Catolicismo
– O fundamento da fé na ressurreição se encontra no fato de Deus ter ressuscitado seu filho, Jesus. Morrer e ser ressuscitado significa chegar a uma ampliação plena da cognição, de tal maneira que, só na morte, a pessoa tenha a possibilidade de conhecer, com clareza total e absoluta, o significado e as consequências de sua vida vivida, no nível individual, socioestrutural, histórico e cósmico.
Ela própria, junto com Deus e com base nos parâmetros dele, julga sua trajetória, percebendo, em que medida, correspondeu ou não às diretrizes divinas. Tal processo é conhecido por “juízo final”. Na morte, Deus oferece a cada pessoa uma última oportunidade de conversão, momento chamado de “purgatório”.
No entanto, ela pode se negar a aceitar os critérios superiores por Ele estabelecido. Ao agir assim, criaria para si uma situação degradante, o “inferno”. 
Deus quer que todas as pessoas alcancem a plenitude, o “céu”, que significa a comunhão plena e íntima com Ele. Dessa forma, o ser humano fica para sempre amparado no amor divino, numa felicidade total, além de viver em comunhão com seus irmãos e irmãs.
Renold Blank, doutor em teologia e filosofia e professor emérito da Pontifícia Faculdade de Teologia de São Paulo.
Responda.
Explique a visão das três religiões sobre o tema em questão.


Observação: não esquecer de colocar nome, número e série.

Envio de resposta pelo e-mail hessf15@gmail.com disponibilizado em foto do caderno ou texto. 

Comentários

  1. é para copiar o texto professor?

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    1. Copiar e responder a pergunta e enviar como esta escrito na obervação.Abraço

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