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ÉTICA E RELIGIÃO
Neste post

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A raíz desta ideia de ligação
entre religião e ética advém do conceito de direitos naturais. A ética é um
código de valores e condutas. Identifica e ordena esses valores e prescreve
regras de conduta conducentes à preservação e defesa dos primeiros. No entanto,
o conceito de código de conduta está inerentemente ligado à interação entre
indivíduos; ou seja, regula a acção de uns tendo por limite os direitos dos
outros. Estes direitos podem ter duas origens: Ou são acordados ou
contratualizados, abrindo potencialmente a porta à tirania da maioria e ao
desrespeito pelos indivíduos; ou existem por si próprios, naturalmente. Neste
último caso, levanta-se a questão da sua “descoberta” ou “revelação”, daí a
dificuldade filosófica de fundamentar, historicamente, o direito natural sem
Deus (ou um conceito equivalente, como “o universo”, “todas as coisas vivas”,
etc). A minha opinião (daí a minha discordância com o André) é que os direitos
naturais podem ser derivados racionalmente a partir de axiomas (ver links
abaixo). Mas trata-se de uma abordagem igualmente questionável e que tem as
suas próprias dificuldades.
As religiões são
essencialmente sistemas filosóficos; daí a sua ligação natural à ética. A sua
ligação à ideia de sociedade livre é mais problemática. Nem todas as religiões
podem levar a uma sociedade livre na medida em que não concebem o livre
arbítrio e a responsabilidade última do indivíduo. Como defendeu Isabel
Paterson em The God of The Machine, a sociedade moderna só foi possível pela conjugação dos progressos
civilizacionais que a antecederam: A dedicação grega à ciência pela razão, a
lei romana como “cheque” à arbitrariedade do poder e o livre arbítrio da alma
individual subjacente ao cristianismo.
Muitos não concordarão com esta tese de Paterson nem com a afirmação acima do André, no entanto, é inegável que na prática os limites à acção que as pessoas estabelecem para si próprias advém em grande medida da sua educação e do contexto social em que vivem; da tradição, portanto. Nesse sentido, a influência prática da religião na ética é enorme. O processo é
essencialmente automático. As
pessoas não passam os dias sob uma figueira a meditar profundamente sobre como
devem agir. Existem naturalmente alturas em que cada um pensa com maior
consideração sobre decisões a tomar, mas isso é a excepção e não a norma. De
igual modo, o grau de aceitação do modo de agir dos outros também depende da
tradição.
É por isso irónico que muitos agnósticos ou ateus sejam críticos acérrimos da religião – particularmente o catolicismo – apesar de agirem de acordo com códigos de valores que foram em grande medida moldados por ela. Claro está, a religião não é formalmente uma condição necessária à ética; mas a sua rejeição liminar exige ao agente a formulação de uma fundamentação alternativa. Isso dá trabalho e muito poucos o fazem.
ATIVIDADE: QUAIS SÃO OS PRINCIPIOS DA ÉTICA QUE DEVEMOS TER EM RELAÇÃO À TODAS AS RELIGIÕES.
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