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Ler com atenção os textos.
EXTRA: O fim da visão romântica
sobre as Guerras
Até a eclosão da Primeira
Guerra Mundial persistia a visão romântica sobre as guerras. Ainda perdurava a
imagem criada no período medieval de que o nobre ia fazer a guerra para lutar
por boas causas, como a defesa de seu povo e de sua fé. Mesmo nas Guerras Napoleônicas
(início do século XIX) as guerras eram vistas como uma disputa honrada e leal
entre “grandes homens”. Uma coisa que ajudava a manter a visão “bonitinha”
sobre as guerras era a baixa tecnologia, que começa no período medieval com
espadas, arcos e flechas, com pouca capacidade de extermínio em massa. Os
séculos se seguiram e as armas de fogo do início da idade moderna ainda era
insuficientes para fazer números assombrosos. Porém, depois de quase um século
sem conflitos de grande porte, a Europa assistiu perplexa à Grande Guerra.
Metralhadoras, submarinos, aviões, tanques de guerra, gás letal e outras
tecnologias apresentaram aos europeus um número de mortos jamais visto em
guerras: mais de 20 milhões (a peste negra medieval matou quase isso). Não bastasse
a tecnologia, boa parte da guerra foi disputada nas trincheiras, onde muitos
morreram feridos, mal alimentados e maltrapilhos. Acompanhe no texto abaixo o
historiador Mario Schmidt falando sobre as trincheiras:
“Uma trincheira é um canal
escavado na terra, onde ficam abrigados os soldados. Era muito difícil alguém
avançar porque logo seria varrido pelas metralhadoras [inovação da Primeira
Guerra]. Durante anos a situação ficou assim, quase paralisada. A vida nas
trincheiras era terrível. Insetos, calor infernal alternado com frio de
congelar, lama, chuva. Se o companheiro morresse, seu cadáver poderia ficar
ali, do lado do soldado, apodrecendo e fedendo durante dias a fio. Imagine
isso: você ver o cadáver de seu colega se deteriorando, os vermes devorando os
olhos e perfurando os ossos, a carne em putrefação. Não seria você amanhã? Para
piorar, os dois lados começaram a lançar armas químicas sobre o adversário.
Eram gases que provocavam cegueira irreversível ou morte cheia de dor e agonia.
[...] Somente no final da guerra o uso da aviação e dos tanques iria superar as
trincheiras.”
SCHMIDT, Mario. Nova
História Crítica – moderna e contemporânea.
Editora Nova Geração.
DEVEMOS ACEITAR A GUERRA COMO ALGO
NORMAL?
Como já foi escrito no início, esta atividade é somente uma revisão, não precisa enviar resposta. Mas, é muito importante que leia as perguntas e reflita. Por que muitas vezes, as perguntas são mais importantes que as respostas.
SÓ REFLITA, NÃO PRECISA RESPONDER AS QUESTÕES ABAIXO.
HABILIDADES DO CURRÍCULO PAULISTA:
(EF09HI10) Identificar e relacionar as dinâmicas do capitalismo e suas crises, os
grandes conflitos mundiais, os conflitos vivenciados na Europa e as relações de
poder entre as nações.
OBJETIVOS DA AULA:
Mediar para que o educando possa conhecer os verdadeiros horrores da
guerra, a violência, e a total desvalorização da vida que este tipo de conflito
proporciona a todos, culpados e inocentes e entender que será sempre melhor a resolução
de conflitos através de diálogos e acordos.
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